Nos últimos meses, o termo “ostentação” se tornou muito popular no Brasil, impulsionado por um segmento do funk que carrega este título e tem como tema central a exibição de riquezas e poder aquisitivo. Porém, um pastor está usando o termo para comentar sobre alguns segmentos dentro da igreja evangélica que, segundo ele, tem como foco apenas uma forma de apresentação, e não a essência do evangelho.
O termo ostentar é definido pelos dicionários como “Exibir-se; Mostrar-se de maneira exibicionista ou com aparato; Tornar público e/ou evidente; Expor (alguma coisa a alguém) demonstrando certa presunção intencional; Vangloriar”.
Em artigo publicado no site Padom, o pastor Rafael Ricardo Granetto afirma que “o evangelho ostentação tem se espalhado dentro de nossas igrejas”.
– Essa é uma palavra que está sendo usada muito em um movimento rítmico, a saber o Funk, que se dissemina pelo Brasil a fora. Observando então os artistas, se assim o podemos chamar, vemos que realmente o exibicionismo e a exposição feita de seus aparatos e conquistas, acabam atraindo um grande número de seguidores, que na maioria, são jovens e adolescentes que tendem a serem imaturos e flexíveis – explica Granetto, ao iniciar sua comparação entre o movimento musical e a tendência observada em algumas igrejas.
– Olhando para outro movimento, esse religioso, a saber o cristianismo, que também se dissemina, só que esse pelo Mundo a fora. Observamos então, os ministros e o conteúdo de suas mensagens. Ministros que deixaram de olhar para o evangelho baseados em sua vocação, mas passaram a visar o mesmo baseados em sua profissão – completou o pastor.
Granetto afirma que “as ostentações dos ministros a respeito dos fiéis os levam a se corromperem com heresias intermináveis” e que “as ostentações dos ministros em respeito a seus líderes os levam a se corromperem do foco que são a almas perdidas”.
– Números, resultados, estatísticas, reuniões, convenções, projetos, etc, etc… Qual o valor de uma alma? Qual o valor de uma alma? Insisto, qual o valor de uma alma? – questiona o pastor.
O pastor Granetto afirmou ainda que “quando os discípulos ostentaram o destaque ao desejarem saber qual deles seria o maior do reino, o Senhor deu-lhes um ensino maravilhoso com um menino que foi colocado no meio deles”.
– Com isso acabam traindo alguns valores preservados pelo Espírito Santo. Valores que são irrevogáveis. Valores que envolvem remidos. Valores que nos diferenciam, não pelos números apresentados, antes pela essência que não foi desprezada – concluiu o pastor.
Fonte: Gospel+